domingo, 26 de abril de 2015

Dia do Goleiro!

Antes de destacar o dia do goleiro, lembrando que hoje é dia de Palmeiras e Santos, que iniciam a disputa pelo Paulistão 2015, próximos de completar 100 anos depois do primeiro clássico, disputado no campo do Velódromo,na capital paulista. No jogo de estréia do clássico, vitória do Santos por 7 a 0. Agora relembre aqui um fato curioso de Palmeiras e Santos com o gol de juiz de José de Assis Aragão no clássico. O clássico aconteceu no dia 9 de outubro de 1983. Gol do palmeiras, gol de José de Assis Aragão:


"Ser goleiro é ser herói e vilão. É querer evitar o inevitável sempre achando, lá no fundo, que dava pra defender o mais indefensável dos chutes. É jogar um jogo coletivo de forma quase individual e depois de uma grande defesa, ainda que não te agradeçam, saiba que você é tão importante quanto o atacante. É saber dizer, que falhas fazem parte, pois só quem joga lá sob as traves, sabe o quanto defesas que parecem fáceis, podem ser bem mais difíceis do q se espera. Enfim, ser goleiro é ser o coração do time, mesmo num jogo onde o principal objetivo você deve evitar."
Autor desconhecido


E no dia do goleiro, reproduzo aqui o texto do jornal Lance, um dia depois da morte de um dos maiores goleiros que, infelizmente, não vi jogar, mas tive a alegria de entrevistá-lo por pelo menos 4 vezes: Gylmar dos Santos Neves. O Gylmar do fantástico time que tinha Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Melgavio, Coutinho, Pelé e Pepe. Que ataque, hein?!?!


Mirem a foto acima e chorem, rapazes e meninas. No preto e branco, a glória que esse clique abriga é eterna. Brasil, campeão do mundo pela primeira vez! Brasil, enfim exorcizando os males de 50! E um menino-rei, que encantara o mundo no torneio, chorando emocionado no peito de um que poderia ser seu súdito, mas era líder (roubo a palavra do próprio filho, Marcelo). Mas esse peito, de um homenzarrão empertigado, era o simbolo de tudo. Na imagem, ele é altaneiro, com mitos da grandeza de Djalma Santos e Didi o circundando. Altaneiro como seu nome Gylmar dos Santos Neves. Enorme! Gigante! Um goleiro com nome e dois sobrenomes, a dar-lhe a altura dos feitos. Um nome com ipsilon de batismo, uma raridade no Brasil. Um raro guarda-metas.
Pois Gylmar partiu ontem. Suas glórias ficarão para sempre. Meu avô, santista, sempre me falou do maior goleiro de todos os tempos. Não o vi jogar, mas para mim encarnou-se a certeza: foi o maior goleiro de todos os tempos esse Gylmar. Dois títulos mundiais como titular da Seleção Brasileira, sendo o de 58 com o time tratado por muitos como o maior de todas as copas. Dois títulos da Libertadores e Mundial com a camisa do maior Santos de todos os tempos, da provavelmente maior linha de uma equipe brasileira que a história já registrou, com Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Gylmar foi titular do que houve melhor e iniciava suas escalações. Nos deixa um enorme legado de memórias fabulosas.
A imagem diz o que nem um livro recoberto de palavras consegue. Pelé, novinho, aninhou-se no peito de Gylmar para chorar. Não conteve sua comoção no jogador que primeiro vazou em sua carreira profissional pelo Santos. Um instantâneo para a posteridade. Pois então, fiquemos com essa foto no coar do memória. Não há nada que simbolize melhor o que foi Gylmar. Da posição em que tanto se fala da solidão, a ponto de a grama não nascer, foi quem coletivizou a emoção ao abraçar o garoto que se tornaria a partir daquele mundial o atleta do século XX.
Parabéns goleiros!


E pra você, quem é o melhor? Participe da nossa enquete desta semana. No próximo domingo vamos comentar o resultado. Um já parou, virou São Marcos para os palmeirenses. Outro deve encerrar a carreira este ano, é o Mito Rogério Ceni tricolor.
Vote na enquete!



Bom domingo a todos!



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