Mais um show de horrores. Essa foi a definição para o segundo debate entre os candidatos Dilma Roussef (PT) e Aécio Neves (PSDB), que disputam o segundo turno das eleições 2014.
Mais uma vez os dois não apresentaram propostas, diferente do que disse a presidente no final do debate, pouco antes de passar mal na entrevista à repórter do SBT. Aécio e Dilma se limitaram a se atacar mutuamente, um dizendo que o outro mentia e o ouro dizendo que o adversário falava inverdades.
Uma hora e 20 de debate jogado fora, que me perdoem os partidários de Dilma e Aécio, mas, na minha modesta opinião, ninguém ganhou, todos perderam.
O debate de ontem foi mais violento que o da Band e fico preocupado com o destino dos próximos dois encontros. O primeiro marcado para domingo na Record e o segundo na semana que vem na TV Globo.
Escrevi alguns dias atrás que precisamos de uma mudança radical em nossa política. E uma das mudanças passa pela campanha e pelos debates.
Em sua coluna de hoje no jornal Folha de São Paulo, o jornalista Fernando Rodrigues corrobora com essa opinião que tenho e fala da necessidade de mudanças. Escreve o Fernando Rodrigues: "Talvez seja um sinal bem claro de como está perto da falência o modelo brasileiro para a troca de idéias no processo eleitoral".
No primeiro turno os debates apresentam uma enxurrada de candidatos sem importância que interditam a troca de idéias. No segundo turno, quando só restam dois candidatos, tempo para debater, apresentar propostas e convencer o eleitor, cada um parece um gladiador ou então a rainha de Alice no Pais das Maravilhas: "cortem-lhe a cabeça".
Alguma coisa está bem errada. Nesse cado a eleição de 2014 está sendo bem didática expondo como nunca o que não funciona, como diz Fernando Rodrigues, no modelo eleitoral da jovem democracia brasileira.
E para terminar,um destaque da nossa região. Motoristas e cobradores de onibus das principais cidades da RM Vale podem cruzar os braços a partir de segunda-feira, insatisfeitos com o aumento de 5,82% determinados pelo TRT em reunião na semana passada.
Mais uma vez somos reféns destas decisões de categoria. Cuidado quando for trabalhar ou para a escola na segunda-feira e os ônibus não estiverem funcionando. Como nas greves dos correios e dos bancos (que esse ano foi surpreendentemente rápida) ficamos parados sem poder fazer nada.
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